Mauá (Foto: Caroline Hasselmann/G1)
Depois de seis dias tentando capturar o macaco Chico Manco, biólogos e veterinários de Mauá, no ABC, decidiram nesta quarta-feira (18) mapear a área em que o animal é avistado (e da qual não costuma se distanciar) e espalhar pelo território quatro gaiolas com iscas capazes de capturá-lo caso tente se alimentar. É uma alternativa às várias tentativas frustradas de capturar o animal com redes.
Os técnicos pedem que a população local não alimente o animal, para que ele continue interessado nas iscas, e mantenha os cachorros presos, para que o macaco não sofra ataques. Nesta quarta, Chico Manco foi visto sobre o telhado de uma casa, mas o piso se mostrou frágil e os técnicos acharam melhor não pegá-lo para não se expor ao risco.
"A mata é bem fechada e achar o animal de pequeno porte como este é bem difícil", diz José Roberto Natalício, responsável pelo mantenedouro onde os outros macacos que também fugiram estão.
De acordo com ele, todos os procedimentos são supervisionados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"Mas o local está mapeado e ele vai sempre aos mesmos lugares", afirma. Segundo Natalício, resta esperar que Chico Manco sinta fome e procure pegar uma das iscas colocadas à sua disposição: pequenas quantidades de frutas, ovo cozinho e pedacinhos de carne.
Chico Manco fugiu do mantenedouro no hotel Estância de Santa Luzia, em Mauá, na quinta-feira (12) e passou a ser procurado na sexta-feira (13). Na terça, embora tenha comido parte de ovo com sedativo, o animal escapou ao cerco ao descer de uma árvore.
“Ele ainda está dando um baile no pessoal”, diz José Roberto Natalício. "Nós quase conseguimos capturá-lo. Ele desceu de um galho para uma trilha e o biólogo correu atrás dele com a rede, mas ele foi mais esperto e quase que pega o biólogo."
O criadouro de onde Chico Manco fugiu tem cerca de 260 animais, todos oriundos de apreensões do Ibama por maus-tratos ou em operações de tráfico.
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